Marketing de conteúdo: o guia completo para criar textos que convertem

Em um mundo onde todo negócio é também um criador de conteúdo, entender o que é marketing de conteúdo e, principalmente, como aplicá-lo de forma estratégica, deixou de ser um diferencial e virou uma necessidade.

Empresas que dominam essa estratégia conseguem construir autoridade, gerar confiança e transformar simples leitores em clientes fiéis. E o melhor: sem depender apenas de anúncios pagos ou promoções agressivas.

A grande verdade, contudo, é que, apesar de o termo “marketing de conteúdo” estar em alta há mais de uma década, a maioria das empresas ainda o aplica de forma superficial. Só que tudo muda quando se compreende seu real poder estratégico.

Neste guia completo, você vai entender o que é marketing de conteúdo, por que ele funciona, como criar textos que convertem de verdade e quais práticas tornam essa estratégia um dos pilares do crescimento de negócios no Brasil e no mundo.

O que é marketing de conteúdo?

Marketing de conteúdo é uma estratégia focada em criar, distribuir e promover conteúdos relevantes e de valor para um público específico, com o objetivo de atrair, engajar e converter potenciais clientes.

Ou seja, não se trata apenas de escrever textos bonitos e sim de comunicar com propósito. É sobre “tocar na dor”, tirando dúvidas e oferecendo soluções para resolver qualquer problema.  

Segundo a Pingback, 72% dos profissionais de marketing afirmam que o marketing de conteúdo aumentou o engajamento do público com sua marca. Já as empresas que possuem blogs, recebem 97% mais links de entrada do que aquelas sem blogs. 

Dados de 2024, ainda conforme a Pingback, também afirmam que  empresas que utilizam Marketing de Conteúdo tem, em média, 2,2 vezes mais visitas em seus sites. Se há uma produção de mais de 13 conteúdos por mês, esse número sobe para 4,2 vezes.

O diferencial do marketing de conteúdo é que ele não interrompe a jornada do usuário, como acontece na publicidade tradicional. Ele atrai pela relevância, oferecendo respostas que o público realmente busca, seja em blogs, redes sociais, e-books, newsletters ou vídeos.

Por que o marketing de conteúdo é tão importante?

Há duas razões principais que tornam essa estratégia indispensável: o comportamento do consumidor mudou e o custo-benefício é incomparável.

De acordo com relatório da Semetrical, 62% dos tomadores de decisão em empresas B2B confiam em conteúdo prático para orientar suas decisões de compra. A pesquisa foi feita fora do Brasil, mas não espere um comportamento muito distante disso no país. 

Além disso, os consumidores em geral estão mais seletivos. Eles não querem ser interrompidos com anúncios o tempo todo, querem ser educados e inspirados. A decisão de clicar ou não está cada vez mais espontânea e menos “pressionada” por CTAs agressivas.

Um levantamento da Demand Metric mostrou que 82% dos consumidores se sentem mais positivos em relação a uma marca depois de consumir conteúdos relevantes dela.

Em outras palavras: conteúdo é o que transforma interesse em confiança e confiança em vendas.

Como o marketing de conteúdo funciona na prática

Para compreender o funcionamento dessa estratégia é preciso olhar para a jornada do cliente.

Em vez de tentar vender logo de cara, o marketing de conteúdo acompanha o público em cada etapa do funil:

1. Topo do funil (atração): quando o usuário ainda está descobrindo seu problema. O objetivo aqui é educar, não vender.Exemplo: artigos “O que é SEO?” ou “Como melhorar as vendas online”.

   
   

2. Meio do funil (consideração): o usuário já reconhece o problema e busca soluções. Exemplo: conteúdos como “As melhores ferramentas de automação de marketing”.

   
   

3. Fundo do funil (decisão): o momento de apresentar sua solução e mostrar por que ela é a melhor. Exemplo: “Por que a Dom é a parceira ideal para sua estratégia digital”.

Essa metodologia transforma o conteúdo em uma máquina de atração e conversão, que trabalha 24 horas por dia, mesmo quando você não está vendendo.

IMPORTANTE: o funil de marketing não é mais linear, por isso se torna ainda mais importante construir conteúdos para todas as etapas da jornada. Oferecer informações de qualidade, baseadas em dados, nunca é demais. 

O primeiro passo: entender seu público

Nenhuma estratégia de marketing de conteúdo funciona sem conhecimento profundo do público.

É aqui que entra a persona: a representação semifictícia do seu cliente ideal.

Uma persona é uma representação mais direta e específica do seu cliente, sendo possível imaginar ou basear ela em uma pessoa real. Diferente do público-alvo, que se relaciona mais com as características demográficas e menos com especificidades de comportamento.

Para criar uma persona eficaz, você deve responder perguntas como:

• Quem é meu público (idade, profissão, localização)?

  
  

• Quais são suas principais dores e desafios?

  
  

• Que tipo de informação ele consome e em quais canais?

  
  

• O que ele valoriza ao escolher um produto ou serviço?

Quanto mais você entende o público, mais assertivo será seu conteúdo e maior será sua taxa de conversão.

A persona serve para embasar o tom de voz da marca, definir quais conteúdos trabalhar e quais não, assim como fazer um direcionamento mais preciso de anúncios. 

Como escrever textos que realmente convertem

Criar um bom conteúdo é uma arte que mistura estratégia, técnica e empatia. Veja os principais pontos para produzir textos que não apenas informam, mas geram ação.

1. Comece com um título irresistível

O título é o primeiro contato com o leitor e define se ele vai clicar ou não.Use perguntas, dados, curiosidade e verbos fortes.

Exemplo:

• “Você sabe por que 80% das empresas falham ao criar conteúdo?”: inserir dados logo de cara costuma ser uma ótima estratégia.

  
  

• “Marketing de conteúdo: o guia completo para criar textos que convertem”: oferecer um “guia completo” para quem tem dúvidas em todas as etapas do processo chama a atenção de quem quer entender algo por completo, pois dá o tom de que todas as respostas estão ali.  

2. Entregue valor logo no início

Os três primeiros parágrafos são decisivos. Mostre que o texto está conectado com as perguntas do usuário e vai oferecer respostas a elas.

Neste artigo, quando começamos afirmando que o marketing de conteúdo “deixou de ser um diferencial e virou uma necessidade”, estamos deixando claro ao leitor que o "valor" é aplicar essa estratégia o quanto antes, pois quem não o fizer vai trazer prejuízos.

3. Escreva com clareza e ritmo

Textos curtos talvez não respondam às perguntas com a profundidade necessária. Já conteúdos longos funcionam desde que tenham fluidez, caso contrário, se tornam monótonos.

Use parágrafos curtos, subtítulos e uma linguagem próxima do leitor. Frases com mais de duas linhas apenas se estritamente necessário. Isso dá maior dinâmica ao conteúdo, tornando a leitura menos cansativa. 

4. Use dados e exemplos reais

Conteúdo sem fonte é opinião. Conteúdo com dados é autoridade. 

Sempre que possível, cite pesquisas, cases e relatórios com link para a fonte original.

“Porque as pessoas preferem o produto A ao invés do produto B”. Que pessoas? Quem disse? Quando?

Afirmação sem dados é boato. Boatos não constroem uma boa reputação no digital, a menos que você tenha uma página de fofoca.

5. Finalize com um CTA (chamada para ação)

Não deixe o leitor sair sem um próximo passo:

• Baixar um e-book,

  
  

• Falar com um especialista,

  
  

• Conhecer sua empresa,

  
  

• Ou continuar lendo outro artigo (específico para blogs).

O CTA é o que transforma o conteúdo em motor de conversão. Quanto mais sutil ele for, melhor. A menos que você desenhe toda uma estratégia focada em um marketing mais incisivo e que seu público tenha sinalizado que gosta desse tipo de abordagem. 

SEO e marketing de conteúdo: uma parceria inseparável

Se Batman e Robin são uma dupla dinâmica, SEO e marketing de conteúdo não ficam para trás. Um bom conteúdo não serve de nada se ninguém o encontrar.

É aí que entra o SEO (Search Engine Optimization), o conjunto de práticas que faz com que o conteúdo apareça nos primeiros resultados do Google.

Caso alguém tenha dito a você que SEO não é importante para marketing de conteúdo, saiba que 25% do tráfego orgânico diário, no mundo, passa pelo Google e o YouTube. 

Isso significa que 1 a cada 4 buscas online passou por alguma dessas plataformas (ambas do mesmo grupo).

Para otimizar seu conteúdo:

• Use a palavra-chave principal (“marketing de conteúdo”) de forma natural ao longo do texto;

  
  

• Crie títulos e subtítulos otimizados (contendo a palavra-chave e variações);

  
  

• Insira links internos para outros conteúdos do seu blog;

  
  

  Otimize meta-descrições e imagens com texto alternativo (alt text);

  
  

• Insira links externos para pesquisas, estudos e levantamentos;

  
  

• E, acima de tudo, priorize a experiência do leitor. O Google dá preferência para quem escreve pensando em pessoas, não em robôs.

SEO não é sobre enganar o algoritmo. É sobre entregar a melhor resposta possível.

Tipos de conteúdo que geram mais resultado

O marketing de conteúdo não se limita a artigos. Ele pode (e deve) assumir vários formatos, dependendo do objetivo e da jornada do cliente.

Alguns dos mais eficazes são:

• Blog posts: excelente para SEO e atração orgânica.

  
  

• E-books e guias: ideais para geração de leads.

  
  

• Newsletters: fortalecem relacionamento com o público.

  
  

• Estudos de caso: provam autoridade e geram confiança.

  
  

• Vídeos: segundo a Wyzowl (2024), 89% dos consumidores preferem vídeos para aprender sobre produtos e serviços.

  
  

• Redes sociais: perfeitas para distribuição em larga escala e interação.

Combinar esses formatos gera um ecossistema de conteúdo consistente e, principalmente, memorável.

Estratégia: o coração do marketing de conteúdo

Criar conteúdo sem estratégia é como falar sem saber para quem. Por isso, todo bom planejamento de marketing de conteúdo precisa responder três perguntas:

1. Por que estou criando este conteúdo? (objetivo)

   
   

2. Para quem ele é? (persona)

   
   

3. Como vou medir o resultado? (métricas)

Essa documentação deve incluir:

• Tom de voz da marca;

  
  

• Calendário editorial;

  
  

• Pilares de conteúdo (educar, inspirar, converter);

  
  

• Canais de distribuição;

  
  

• E indicadores de desempenho (KPIs).

Como medir o sucesso do marketing de conteúdo

Se não é mensurável, não é marketing. Os principais indicadores que mostram se a estratégia está funcionando são:

• Tráfego orgânico: quanto do público chega de forma natural.

  
  

• Tempo de permanência: sinaliza se o conteúdo realmente prende o leitor.

  
  

• Taxa de conversão: quantos leitores se tornam leads ou clientes.

  
  

• Engajamento: curtidas, comentários e compartilhamentos (em redes).

  
  

• ROI (Retorno sobre Investimento): o impacto real nas vendas.

De acordo com a Semrush, 79% dos profissionais de marketing que mensuram seus resultados de conteúdo relatam crescimento no ROI ao longo do tempo.

O futuro do marketing de conteúdo: IA e personalização

O conteúdo está mudando, e rápido. A chegada da inteligência artificial não substitui o humano, mas potencializa o que já funciona.

Ferramentas como ChatGPT, Claude, Perplexity e Writerly permitem criar ideias, esboços e análises mais rapidamente, enquanto o papel do humano é dar o toque estratégico, criativo e empático.

Além disso, a personalização se tornou indispensável para alcançar bons resultados. O público de todos os nichos já espera receber um atendimento diferenciado. Uma abordagem fria e totalmente robótica faz com que a relação entre marca e consumidor esfrie.

Ou seja, o marketing de conteúdo que converte é aquele que une dados, tecnologia e propósito.

Conteúdo que transforma marca em legado

Marketing de conteúdo é mais do que uma estratégia. É uma filosofia de comunicação que coloca o cliente no centro e a marca como parceira do seu crescimento.

Ele não gera resultado do dia para a noite, mas constrói algo que os anúncios sozinhos não conseguem comprar: relevância, confiança e autoridade.

Criar conteúdo que converte é um ato de consistência. E é isso que diferencia marcas passageiras de marcas memoráveis, como Nike, Coca-Cola, Apple ou qualquer outra na qual você se inspire.

A Dom acredita que estratégia e propósito andam juntos, e que cada texto, vídeo ou ideia pode ser uma oportunidade de transformar percepção em resultado.